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ACERVO - MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS

Ficha descritiva: Divo Fernandes de Oliveira
 

Nome: Divo Fernandes de Oliveira

Pai: João Tomaz de Oliveira

Mãe: Thamasia Bernarda de Jesus

Idade quando desaparecido: 63 anos

Dôssie
DS-0054
Procedimento administrativo CEMDP
41235
Nome
Divo Fernandes de Oliveira
Data de Nascimento
03/01/1895
Municipio de Nascimento
Tubarão (SC)
Status
Desaparecido
Biografia

Catarinense de Tubarão, antigo militante do PCB e taifeiro da Marinha, participou, no Rio de Janeiro, do polêmico comício da Central do Brasil, dia 13 de março de 1964, quando Jango anunciou o desencadeamento das chamadas Reformas de Base. Logo depois do Golpe de Estado, Divo foi preso, aos 69 anos de idade, e levado para o presídio Lemos Brito.

 

Sua esposa, Nayde Medeiros, professora em Criciúma (SC), chegou a visitá-lo uma vez. Ao retornar ao Rio para nova visita, descobriu que seu marido havia desaparecido. Recebeu informações desencontradas dos funcionários do presídio. Uns diziam que ele havia fugido outros, que fora transferido para o presídio Bangu I. Nayde visitou todas as prisões e cemitérios, escreveu às autoridades, mas nunca recebeu respostas, nem certi-dão de óbito, nem o corpo, nem explicação alguma. Em abril de 1965, foram localizados alguns pertences de Divo no Departamento do Sistema Pe-nitenciário(DESIP) do Rio de Janeiro. A CEMDP não conseguiu estabelecer se o desaparecimento ocorreu no final de 1964 ou no início de 1965.

 

A filha de Divo, Alba Valéria, começou a procurar o pai depois de adulta. Em 1989, esteve no Rio de Janeiro visitando várias repartições públicas e presídios. Uma funcionária do DESIP localizou uma pasta, número 21.426, onde havia o nome de Divo Fernandes D’Oliveira. Na  pasta, Alba encontrou alguns documentos pessoais e nada mais.

 

Conforme as declarações de Jorge Feliciano, ex-militante do PCB e ex-presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma, e de Amadeu Luz, dirigente do PCB em Criciúma e em Santa Catarina, Divo deve ter sido morto na prisão Lemos Brito, no Rio de Janeiro. O corpo nunca foi entregue à família. Com base nos depoimentos e na carta enviada por Nayde ao marido na prisão (em resposta à carta dele), o relator da CEMDP votou pelo deferimento do pedido, sendo acompanhado por todos os integrantes do colegiado em seu voto.

Local de morte/desaparecimento
1964/1965, Rio de Janeiro (RJ)
Data do Recolhimento da documentação física para o Arquivo Nacional
21/05/2012
Notação Arquivo Nacional
NVC-007
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