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ACERVO - MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS

Ficha descritiva: PEDRO ALEXANDRINO DE OLIVEIRA FILHO
 
PEDRO ALEXANDRINO DE OLIVEIRA FILHO

Nome: PEDRO ALEXANDRINO DE OLIVEIRA FILHO

Pai: Pedro Alexandrino Oliveira

Mãe: Diana Piló de Oliveira

Idade quando desaparecido: 24 anos

Dôssie
112/96
Procedimento administrativo CEMDP
00005.005515/2014-60
Nome
PEDRO ALEXANDRINO DE OLIVEIRA FILHO
Data de Nascimento
19/03/1947
Municipio de Nascimento
Belo Horizonte (MG)
Codinome(s)
Peri, Moisés, Chico
Status
Desaparecido
Biografia

 

Mineiro de Belo Horizonte, Pedro fez o 1º e o 2º graus no Colégio Anchieta, naquela capital. Bancário, começou a trabalhar, em 1962, aos 15 anos, no Banco Hipotecário do Estado de Minas Gerais, atual Bemge. Em 1967, foi transferido para São Paulo, onde terminou seus estudos e fez um curso de Inglês. Dois anos depois, retornou para Belo Horizonte. Nessa época, já era procurado pela polícia por suas atividades políticas. Como estudante universitário participou do Movimento Estudantil em São Paulo.

Foi preso pela primeira vez em dezembro de 1969, dentro da casa de sua irmã Ângela, no bairro Gutierrez, para onde correu quando se sen-tiu seguido e ameaçado. Lá, levou coronhadas na cabeça, pontapés e foi desnudado e espancado na frente de suas duas sobrinhas, de três e quatro anos de idade. Levado para o DOPS/MG foi torturado. Quando solto, estava surdo de um ouvido e com o outro em péssimo estado.

Pedro passou o Natal de 1969 com a família. Depois dessa data, nunca mais foi visto por seus familiares, passando a viver na clan-destinidade, como militante do PCdoB. A casa de seus pais foi várias vezes invadida por policiais à sua procura. Sua mãe, Diana, não suportando as constantes invasões, resolveu mudar-se para o Rio de Janeiro. Lá tentou encontrar o paradeiro de seu filho. Bateu em todas as portas: Igreja, Comissão de Direitos Humanos, Comissão Justiça e Paz e outras tantas, até que encontrou um casal, Edgar e Cirene (hoje falecidos), que buscava notícias de dois filhos e uma nora, também desaparecidos. Nessa ocasião, a família soube que Pedro tinha uma namorada, Tuca (Maria Luiza Garlipe, também desaparecida), enfermeira do Hospital das Clínicas de São Paulo e que havia ido com ele para o Araguaia.

No Araguaia, Pedro adotou o nome Peri e viveu a partir de 1970 na Região do Gameleira, incorporando-se ao Destacamento B. Nas cartas enviadas à família pedia notícias de todos e falava de sua caminhada, de seu compromisso com o povo brasileiro e do significado da luta política. Em uma delas escreveu: “Tudo do amanhã está sempre no campo das possibilidades, é de hoje que temos a certeza, é hoje que criamos as condições objetivas para o amanhã”.

O relatório apresentado em 1993 pelo Ministério da Marinha ao ministro da Justiça informa que Pedro Alexandrino foi morto em 04/08/1974, em Xambioá. O jornalista Elio Gaspari acrescenta informações novas em A Ditadura Escancarada: “Peri (Pedro Alexandrino de Oliveira Filho), achado sozinho na mata, tinha consigo uma garrafa com sal, uma garrucha e um caderno de notas no qual louvava os jabutis e maldizia os mateiros. Levou um tiro na cabeça, e um helicóptero buscou seu cadáver. Deixado no chão da base de Xambioá, foi chutado pela tropa até que um oficial da FAB interveio, exigindo que respeitassem o inimigo morto” . Em nota de pé-de-página o autor explica que a informação lhe foi transmitida em fevereiro de 2001 por um oficial cujo nome prefere preservar.

No requerimento à CEMDP, a mãe de Pedro Alexandrino, Diana Piló Oliveira, não pede o pagamento da indenização prevista em lei. Ela solicitou notícias do filho e, se morto, a localização de seus restos mortais. Em carta conjunta, Diana e Carmen Rivas, mães de Pedro Ale-xandrino e Hélio Luiz Navarro de Magalhães, pedem que as autoridades facilitem informações que possam ajudar a esclarecer o mistério que envolve o desaparecimento de ambos1.

 

Bancário e estudante universitário em Minas Gerais participando ativamente do movimento estudantil. No Araguaia, residia na região do rio Gameleira e pertencia ao Destacamento B da guerrilha2.

 

Local de morte/desaparecimento
Xambioá (TO)
Circustância de morte/desaparecimento

 

Organização política ou atividade
PCdoB
Data do Recolhimento da documentação física para o Arquivo Nacional
06/08/2009
Notação Arquivo Nacional
ACE 54730/86
Referências

 

Biografia
1 BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Direito à Memória e à Verdade. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2007. p.

Descrição (resumo do procedimento administrativo)
 

Procedimento administrativo de busca, localização e identificação dos restos mortais


Processo: 00005.005515/2014-60
Os familiares poderão solicitar acesso aos detalhes do procedimento através do e-mail desaparecidospoliticos@sdh.gov.br ou pelo telefone (61) 2027 3484.


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