Nome: MIGUEL PEREIRA DOS SANTOS
Pai: Pedro Francisco dos Santos
Mãe: Helena Pereira dos Santos
Idade quando desaparecido: 29 anos
O pernambucano Miguel começou a trabalhar quando tinha apenas 13 anos. Em 1964, mudou-se com a família para São Paulo e, nesse mesmo ano, concluiu o curso científico no Colégio de Aplicação da USP. Trabalhava no Banco Intercontinental do Brasil. Iniciou cedo sua participação na vida política, filiando-se ao PCdoB. Em 1965, já teve de assumir militância clandestina devido à perseguição política. Em 1968, agentes do DOPS, ao procurarem Miguel, interrogaram sua mãe, ocasião em que o delegado Wanderico mostrou-lhe fotocópias de documentos de Miguel que teriam sido enviadas pela Central Intelligence Agency – CIA -, dizendo que Miguel estivera na China. Por este motivo, a casa de sua mãe foi várias vezes invadida pela polícia política.
Miguel residiu inicialmente na Praia Chata, norte de Goiás às margens do Rio Tocantins e, posteriormente, no sul do Pará, na localidade de Pau Preto, integrando o Destacamento C dos guerrilheiros. Segundo Regilena Carvalho Leão de Aquino, uma das poucas sobreviventes do Araguaia, em depoimento prestado na Câmara dos Vereadores de São Paulo perante a Comissão de Inquérito de Desaparecidos Políticos, Miguel foi morto no dia 20/09/1972, conforme informação do general Bandeira, responsável pelos interrogatórios no Pelotão de Investiga-ções Criminais da Polícia do Exército, em Brasília, onde ela se encontrava presa. Ainda segundo Regilena, a mão direita de Miguel Pereira foi cortada para identificação de suas impressões pelos órgãos de segurança.
Nos arquivos secretos do DOPS/PR seu nome está incluído em um fichário com 17 militantes classificados como falecidos. O Relatório do Ministério do Exército, de 1993, afirma que Miguel “participou ativamente da Guerrilha do Araguaia, onde teria desaparecido em 1972”. O “livro secreto” do Exército, divulgado em abril de 2007 pelo jornalista Lucas Figueiredo, registra na página 724 uma outra data: “Nesse dia (27 de setembro de 1972), o terrorista Miguel Pereira dos Santos (Cazuza), do destacamento C, foi morto numa emboscada”.
Muito cedo, quando contava apenas 13 anos, começou a trabalhar. Em 1964, mudou-se com a família para São Paulo e, neste mesmo ano, concluiu o curso científico no Colégio de Aplicação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Cedo também iniciou sua participação na vida política, filiando-se ao Partido Comunista. Em 1965, devido a perseguições políticas passou a viver na clandestinidade, tendo viajado à China, onde fez alguns cursos. Regressando ao país, foi residir inicialmente em Praia Chata, ao norte de Goiás, às margens do rio Tocantins. Posteriormente foi para as margens do rio Araguaia, localidade denominada Pau Preto. Pertencia ao Destacamento C da Guerrilha. Foi morto em 20/9/721.
Sudeste do Pará
Biografia
1 BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Direito à Memória e à Verdade. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2007. p 209-10.
Procedimento administrativo de busca, localização e identificação dos restos mortais
Processo: 00005.201806/2016-49
Os familiares poderão solicitar acesso aos detalhes do procedimento através do e-mail desaparecidospoliticos@sdh.gov.br ou pelo telefone (61) 2027 3484.
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