Nome: Lúcio Petit da Silva
Pai: José Bernardino da Silva Junior
Mãe: Julieta Petit da Silva
Idade quando desaparecido: 31 anos
O mais velho dos três irmãos Petit desaparecidos no Araguaia, cursou o primário em Amparo, interior de São Paulo, e o ginásio em Duartina, no mesmo estado. Começou a trabalhar cedo e foi viver com um tio em Itajubá, Minas Gerais, onde terminou o curso colegial e se formou engenheiro. Iniciou sua militância política nas atividades estudantis do Diretório Acadêmico do Instituto de Engenharia de Itajubá. Chegou a participar das atividades do Centro Popular de Cultura da UNE. Escrevia poemas e crônicas sobre os problemas sociais do país para o jornal O Dínamo, do Diretório Acadêmico. Em 1965, trabalhou nas empresas Light, Engevix e na Companhia Nativa em Campinas.
Militante do PC do B, foi deslocado para o Araguaia em 1970, onde ficou conhecido como Beto. Pertencia ao Destacamento A, sendo promovido a vice-comandante após a morte de André Grabois em 14/10/1973. Foi visto vivo pela última vez por seus companheiros no dia 14/01/1974.
O Relatório do Ministério da Marinha, apresentado em 1993 ao ministro da Justiça, confirma sua morte, mas indica como data março de 1974, em desacordo com vários depoimentos de moradores da região.
O livro Operação Araguaia traz mais informações sobre Lúcio: “ Operação Araguaia traz mais informações sobre Lúcio: “ Operação Araguaia O mais velho dos três irmãos guerrilheiros formou-se em Engenharia em Itajubá, Minas, e trabalhou em São Paulo antes de deslocar-se para o sudeste do Pará. Vivia na área do Destacamento A com Lúcia Regina, a paulista que fugiu de um hospital em Anápolis para não mais voltar para o Araguaia. Sério, calado e determinado, Lúcio destacava-se na escola, gostava de estudar línguas e recitar poesias. A morte prematura do pai o levou a trabalhar desde cedo para ajudar a família. Teve forte influência na formação política dos irmãos Jaime e Maria Lúcia. Foi o último a morrer na guerrilha. Moradores afirmam tê-lo visto ser preso pelo Exército no dia 21 de abril de 1974, na casa de Manoelzinho das Duas”.
Cursou o primário em Amparo e o ginasial em Duartina. Devido às dificuldades financeiras, começou a trabalhar muito cedo. Foi viver com um tio em Itajubá, onde terminou o colegial e o curso superior no Instituto Eletrotécnico de Engenharia. Fez parte do Diretório Acadêmico de sua Escola, iniciando aí sua militância política, encarregando-se do setor de cultura. Participou das atividade do Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE. Escrevia crônicas e poemas sobre os problemas sociais brasileiros, para o jornal “O Dínamo” do Diretório Acadêmico.Em 1965 iniciou sua vida profissional, sendo engenheiro da Light, Engemix e Cia. Nativa, em Campinas. Em meados de 1970, abandonou o trabalho e a cidade, indo para a região do Araguaia, onde já se encontravam seu irmão Jaime e sua irmã Maria Lúcia. Morou inicialmente no sítio denominado Faveira, à beira do rio Araguaia. Tornou-se excelente mateiro e fez vários poemas e literatura de cordel que eram recitados pelos camponeses da região e nas sessões de terecô (religião local). Pertencia ao Destacamento A, tornando-se vice-comandante, com a morte de André Grabois, em outubro/731.
Biografia
1 BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Direito à Memória e à Verdade. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2007. p 253.
Procedimento administrativo de busca, localização e identificação dos restos mortais
Processo: 00005.201755/2016-55
Os familiares poderão solicitar acesso aos detalhes do procedimento através do e-mail desaparecidospoliticos@sdh.gov.br ou pelo telefone (61) 2027 3484.
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