Nome: GILBERTO OLÍMPIO MARIA
Pai: Antônio Olímpio Maria
Mãe: Rosa Cabello Maria
Idade quando desaparecido:
Iniciou os estudos em sua terra natal, Mirassol (SP) e mais tarde mudou-se para São Paulo, onde estudou no Colégio Sarmiento. Começou a militância política no PCB e posteriormente se transferiu para o PCdoB. A partir de 1961, durante dois anos, cursou Engenharia na Tchecoslováquia, junto com Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, de quem se tornara amigo. Trabalhou e escreveu no jornal A Classe Operária até abril de 1964, quando passou a viver na clandestinidade.
Em 30/12/1964 casou-se com Victoria Grabois, filha de Maurício Grabois, em Araraquara (SP), e os dois se mudaram para Guiratinga (MT). Junto com Paulo Rodrigues e Osvaldão, tentaram organizar os camponeses na resistência à ditadura, mas em 1965 foram obrigados a abandonar essa atividade porque surgiu a possibilidade de serem detectados pelos órgãos de segurança do regime militar.
Em 1966, mesmo ano em que nasceu seu filho Igor, hoje dirigente do Partido Comunista Brasileiro, foi para a China, onde recebeu ades-tramento militar. Retornando ao Brasil, morou em diversos locais do interior, inclusive Porto Franco (MA), com o médico João Carlos Haas Sobrinho, na companhia de quem se mudou, em 1969, para Caianos, localidade próxima ao rio Araguaia. Em Porto Franco, Gilberto era tido como pessoa inteligente e cativante, sendo dono do único jeep do local. Na Guerrilha do Araguaia usou o nome Pedro e atuava junto à Comissão Militar, sendo nomeado, mais tarde, comandante do Destacamento C, junto com Dinalva, a Dina, a quem se ligou depois de ela ter se separado do marido Antonio.
Ao lado de Paulo Rodrigues e outros companheiros, fundou o povoado de São João dos Perdidos, distrito de Conceição do Araguaia (PA). Morreu metralhado junto com o ex-sogro Maurício Grabois, Paulo Rodrigues e Guilherme Lund. O relatório do Ministério da Marinha, apre-sentado em 1993 ao ministro da Justiça Maurício Corrêa, é o único documento oficial do Estado brasileiro, até hoje, a reconhecer a morte desses quatro militantes, indicando como data 25/12/19731.
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Biografia
1 BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Direito à Memória e à Verdade. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2007. p.
Procedimento administrativo de busca, localização e identificação dos restos mortais
Processo: 00005.201767/2016-80
Os familiares poderão solicitar acesso aos detalhes do procedimento através do e-mail desaparecidospoliticos@sdh.gov.br ou pelo telefone (61) 2027 3484.
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