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ACERVO - MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS

Ficha descritiva: RAIMUNDO EDUARDO DA SILVA
 
RAIMUNDO EDUARDO DA SILVA

Nome: RAIMUNDO EDUARDO DA SILVA

Pai: Pedro Eduardo

Mãe: Maria Francisca de Jesus

Idade quando desaparecido: 23 anos

Dôssie
...
Procedimento administrativo CEMDP
259/96
Nome
RAIMUNDO EDUARDO DA SILVA
Data de Nascimento
23/03/1948
Municipio de Nascimento
Formiga (MG)
Status
Morto
Biografia
 
Mineiro de Formiga, Raimundo Eduardo da Silva era um jovem negro, estudante e operário. Militante da AP na cidade de Mauá, no ABC paulista, estudou no Colégio Visconde de Mauá e atuava junto ao grupo de jovens da Igreja Católica, no Jardim Zaíra, região onde se desenvolveu importante trabalho pastoral orientado pelos preceitos da Teologia da Libertação e onde militava clandestinamente, na época, o legendário Betinho, Herbert José de Souza, que dedicou um texto emocionado ao operário morto.

Raimundo foi o mais jovem presidente da Sociedade Amigos do Bairro do Jardim Zaíra. De 1967 a 1970, trabalhou nas empresas Fertilizantes Capuava, Laminação Nacional de Metais e Ibrape. Sua morte terminou alcançando grande repercussão de imprensa quando o padre Giulio Vicini e Yara Spadini, dois assessores de Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo metropolitano de São Paulo e símbolo da luta pelos Direitos Humanos durante o regime militar, foram presos e torturados porque portavam impressos denunciando a morte sob torturas de Raimundo.

Raimundo Eduardo estava internado em uma casa de saúde da Samcil, de São Paulo, de onde foi retirado por agentes dos órgãos de segurança, no dia 22 de dezembro de 1970. Tinha 22 anos e convalescia de duas operações consecutivas em decorrência de facada recebida ao tentar impedir que seu colega de pensão fosse assassinado em uma briga. Embora seu estado de saúde fosse precário, foi levado para o DOI-CODI/SP e submetido a torturas. Morreu no Hospital Geral do Exército, no bairro do Cambuci, em 5 de janeiro de 1971.

A necropsia foi feita no IML/SP, em 22 de janeiro de 1971, pelos legistas João Grigorian e Orlando José Bastos Brandão, que deram como causa mortis “peritonite”. É na documentação do IML que a prova da morte em dependência policial ou assemelhada foi estabelecida pela CEMDP, que deferiu o requerimento sobre o caso por unanimidade: “vítima de agressão a faca em data de vinte e três de novembro de setenta às quinze horas, sendo socorrido pela SAMCIL e posteriormente encaminhado ao Hospital Central do Exército, onde veio a falecer às duas horas e quarenta e cinco minutos de cinco de janeiro de setenta e um”.
Local de morte/desaparecimento
São Paulo (SP)
Organização política ou atividade
AP
Data do Recolhimento da documentação física para o Arquivo Nacional
06/08/2009
Data da publicação no DOU
17/05/1996
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