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ACERVO - MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS

Ficha descritiva: IDALÍSIO SOARES ARANHA FILHO
 
IDALÍSIO SOARES ARANHA FILHO

Nome: IDALÍSIO SOARES ARANHA FILHO

Pai: Idalísio Soares Aranha

Mãe: Aminthas Rodrigues Pereira

Idade quando desaparecido: 25 anos

Dôssie
097/96
Procedimento administrativo CEMDP
00005.201764/2016-46
Nome
IDALÍSIO SOARES ARANHA FILHO
Data de Nascimento
21/08/1947
Municipio de Nascimento
Rubim (MG)
Codinome(s)
Aparício, Bragança, Braguinha, Ivan
Status
Desaparecido
Biografia

 

Idalísio iniciou seus estudos em Rubim/MG, indo posteriormente para Teófilo Otoni e Belo Horizonte. Estudou no Colégio Estadual e no ex-Colégio Universitário da UFMG. Em 1968, iniciou o curso de Psicologia na UFMG, após a vitória dos estudantes na `luta dos excedentes’. Mais tarde, foi eleito Presidente do Diretório Acadêmico de sua escola, hoje Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, cujo diretório tem o seu nome como homenagem póstuma. Tocava violão e cantava. Era casado com Walquíria. Em 27/01/71, ambos se mudaram para o Araguaia. Em meados de 1972, a casa de seus pais foi invadida e Idalísio e Walquíria acusados de pertencerem ao PCdoB. Em outubro ou novembro de 1973, ambos foram julgados pela Justiça Militar, ele condenado a 2 anos de reclusão e ela absolvida. Pertenceu ao destacamento B.

 

Idalísio fez o ginasial em Teófilo Otoni (MG), no Colégio São José. Em 1962, mudou-se para Belo Horizonte, onde estudou no ex-Colégio Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais. Em 1968 participou da luta dos excedentes por mais vagas na Universidade. Nesse mesmo ano iniciou o curso de Psicologia na UFMG. Em 1970, casou-se com Walkíria Afonso Costa, que seria a última das desaparecidas na Guerrilha do Araguaia. Foi eleito presidente do Centro de Estudos de Psicologia de Minas Gerais e do Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas em 1971. Em janeiro de 1971, Idalísio e Walkíria, já militantes do PCdoB, decidiram mudar-se para o Araguaia, região do Gameleira. Como violeiro e cantador, conquistava rapidamente a simpatia daqueles com quem convivia. Em julho de 1972, seu grupo entrou em combate com uma patrulha do Exército, perto da Grota Vermelha. Idalísio perdeu-se do grupo. Em 12/07/1972, em Perdidos, distante nove léguas a Oeste de Caianos, Idalísio foi emboscado e morto, aos 25 anos de idade, segundo documento dos Fuzileiros Navais entregue anonimamente à Comissão de Representação Externa da Câmara Federal, em 1992.

 

Relatório do Ministério da Marinha diz que Idalísio foi morto, em julho de 1972, “por ter resistido ferozmente”. Na mesma época em que Idalísio morreu no Araguaia, a casa de seus pais, em Belo Horizonte, foi invadida por policiais. Em julho de 1973, foi condenado à revelia pela Justiça Militar. Segundo o relatório Arroyo, “em julho, a CM resolveu enviar um grupo de companheiros, chefiados pelo Juca (João Carlos Haas Sobrinho), para conseguir reatar o contato com o C.

 

Faziam parte do grupo: Flávio (Ciro Flávio de Oliveira Salazar), Gil (Manoel José Nurchis), Aparício (Idalísio Soares Aranha Filho) e Ferreira (Antônio Guilherme Ribeiro Ribas), do B. Esta medida se impunha porque o C não atendeu aos pontos previamente estabelecidos. Este grupo caiu numa emboscada do Exército na Grota Vermelha, a uns 50 metros da estrada. Juca levou dois tiros: um na perna e outro na coxa, mas conseguiu, juntamente com os outros companheiros, embrenhar-se na mata. Ficaram parados alguns dias para que Juca se restabelecesse. Durante esse período, Aparício saiu para caçar e se perdeu. Procurou a casa de um morador chamado Peri, por onde sabia que os demais iam passar. Lá ficou à espera. O dono da casa onde se refugiou levou-o para um barraco no mato, próximo à casa. Aí lhe serviam a comida. Dias depois, apareceu o Exército e travou tiroteio com Aparício. Este descarregou todas as balas do revólver que tinha e quando tentava enchê-lo de novo recebeu um tiro e morreu. Não se sabe se o Exército chegou por acaso ou se foi denúncia”1.

 

Local de morte/desaparecimento

 .

Organização política ou atividade

 

PCdoB

 

Notação Arquivo Nacional
DOCUMENTAÇÃO DO ARQUIVO NACIONAL - IDALÍSIO SOARES ARANHA FILHOACE 51015/72MINISTÉRIO DO EXÉRCITO -
Referências

 

Biografia

1 BRASIL. Seção Judiciária do Distrito Federal. 1º Vara Federal. Processo nº 82.00.24682-5. Brasília, DF.

Descrição (resumo do procedimento administrativo)
 

Procedimento administrativo de busca, localização e identificação dos restos mortais


Processo: 00005.201764/2016-46
Os familiares poderão solicitar acesso aos detalhes do procedimento através do e-mail desaparecidospoliticos@sdh.gov.br ou pelo telefone (61) 2027 3484.


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