Nome: JORGE OSCAR ADUR
Pai: Manuel Adur
Mãe: Juana Dominga Bernachea
Idade quando desaparecido: 48 anos
Religioso argentino, veio ao Brasil em julho de 1970 para acompanhar a primeira visita que o papa João Paulo II realizou ao país. Não há outras informações sobre data e local precisos do desaparecimento. Seu registro na Conadep da Argentina tem o número 400 e seu nome integra a lista de desaparecidos políticos anexa à Lei nº 9.140/95. Nascido em Nogoyá, província de Entre Rios, Argentina, tinha sido preceptor de noviços na Congregação de Religiosos de Assumpción, Chile, em 1969. Estudou no Colégio Nacional de Nogoyá e na Escuela Apostólica de los Religiosos Asuncionistas em Olivos. Os cursos de Filosofia e Teologia foram feitos no Chile. Foi um dos fundadores da Juventude Independente Católica, em 1970. Era membro da Organização de Padres do Terceiro Mundo e conselheiro de grupos paroquiais da juventude e da Ação Missionária. Era padre titular das Igrejas Paroquiais de San Isidro e Olivos, em Buenos Aires, e responsável pela Pastoral das Vocações da Argentina.
Depois do golpe militar de março de 1976 na Argentina, mudou-se para a França, passando a residir na Congregação dos Religiosos Assumpcionistas, em Paris. Apresentava-se como capelão do Exército Montonero. Quando veio ao Brasil, em 1980, deveria se reunir com diferentes grupos de vários países da América Latina, particularmente cristãos engajados na luta sindical e camponesa, familiares de desaparecidos e de presos políticos argentinos e outros movimentos religiosos ou leigos que apresentariam ao Papa seu testemunho das injustiças sociais e perseguições políticas na América Latina. Desapareceu nos primeiros dias de julho de 1980, vítima da Operação Condor.
Brasil. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.Direito à verdade e à memória: Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos. 1ª Edição.Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2007.
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