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ACERVO - MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS

Ficha descritiva: JOSÉ DE SOUZA
 
JOSÉ DE SOUZA

Nome: JOSÉ DE SOUZA

Pai: Alcides de Souza

Mãe: Nair Barbosa de Souza

Idade quando desaparecido: 22 anos

Dôssie
078/96
Procedimento administrativo CEMDP
00005.201.501/2016-37
Nome
JOSÉ DE SOUZA
Data de Nascimento
1931
Municipio de Nascimento
Rio de Janeiro (RJ)
Status
Morto
Biografia

 

José de Souza era membro do Sindicato dos Ferroviários do Rio de Janeiro. Foi preso e conduzido ao DOPS/RJ, na rua da Relação, no dia 08/04/1964, para averiguações. A versão oficial foi de que José cometeu suicídio nove dias depois, atirando-se pela janela do terceiro andar do prédio da Polícia Central do Rio de Janeiro.

Em depoimento à Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da Seção do Estado do Rio de Janeiro da OAB, em 04/12/1995, anexada ao processo da CEMDP, José Ferreira, também preso nas dependências do DOPS na rua da Relação, conta que viu José de Souza chegar àquela unidade policial. Segundo Ferreira, ele estava bastante nervoso com a prisão, devido aos constantes gritos e tiros de metralhadora, mas, principal-mente, por constatar que os presos voltavam desmaiados quando iam prestar depoimento. José Ferreira contou ainda que, na manhã de 17 de abril, às 5 horas, foram acordados pelos agentes policiais que alertaram para o fato de José de Souza encontrar-se morto no pátio do DOPS.

A necropsia, realizada por Vicente Fernandes Lopes e Elias Freitas, confirmou a versão de suicídio com esmagamento do crânio. O corpo foi retirado do IML e enterrado em 18/04/1964. O relator do processo na CEMDP aceitou a versão do suicídio, mas votou pelo deferimento, “pois José de Souza encontrava-se em poder do Estado e os agentes não tomaram as mais elementares cautelas que a situação exigia”1.

 

Embora sejam muito escassas as informações biográficas que puderam ser colhidas a respeito de João Gualberto Calatrone, sabe-se que teve destacada atuação política no Espírito Santo como estudante secundarista. Formou-se em contabilidade no nível técnico. Em 1970, foi residir no Araguaia na posse do Chega com Jeito, próximo a Brejo Grande, adotando o nome Zebão. Na vida rural, se destacou como tropeiro e mateiro, de acordo com depoimentos de pessoas que conviveram com ele. Calado, ouvia mais que falava, mas sempre tinha uma solução para os problemas que apareciam. Tinha grande capacidade para improvisações. Foi combatente do Destacamento A até sua morte, aos 22 anos de idade, quando foi surpreendido em companhia de André, Antonio Alfredo e Divino1

 

Local de morte/desaparecimento
NC
Circustância de morte/desaparecimento
NC
Organização política ou atividade
Sindicato dos Ferroviários do Rio de Janeiro.
Data do Recolhimento da documentação física para o Arquivo Nacional
06/08/2009
Notação Arquivo Nacional
NC
Referências

 

Biografia
1 BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Direito à Memória e à Verdade. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2007. p.

Descrição (resumo do procedimento administrativo)
 

Procedimento administrativo de busca, localização e identificação dos restos mortais


Processo: 00005.201.501/2016-37
Os familiares poderão solicitar acesso aos detalhes do procedimento através do e-mail desaparecidospoliticos@sdh.gov.br ou pelo telefone (61) 2027 3484.


Data da publicação no DOU
04/12/1995
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