Nome: JOÃO ALFREDO DIAS
Pai: Alfredo Ulisses Gonçalo
Mãe: Amélia Gonçalo Dias
Idade quando desaparecido: 32 anos
Conforme denúncia de Márcio Moreira Alves no livro Torturas e Torturados Pedro Inácio e João Alfredo desapareceram juntos, em setembro de 1964, no 15° Regimento de Infantaria do Exército, em João Pessoa (PB), onde foram torturados. Tempos depois, dois corpos carbonizados apareceram na estrada que liga João Pessoa a Caruaru. De acordo com testemunhas, seriam os corpos de João Alfredo e Pedro Inácio de Araújo. A história da vida de João Alfredo, assim como de João Pedro Teixeira e outros camponeses, aparece no filme Cabra marcado para morrer, dirigido por Eduardo Coutinho.
João Alfredo era sapateiro e camponês, militante do PCB. Foi o organizador das Ligas Camponesas de Sapé. Antes de 1964, esteve preso em várias ocasiões devido a seu trabalho político com os camponeses. Nas eleições municipais de 1963, foi eleito vereador em Sapé, com mais de três mil votos, tendo sido na ocasião um dos mais votados. Logo após o golpe que depôs o presidente Goulart, João Alfredo foi preso, torturado e ficou detido até setembro de 1964, quando desapareceu.
Os nomes de João Alfredo e Pedro Inácio estavam incluídos entre os 136 da lista anexa à Lei nº 9.140/95, sendo portanto automaticamente reconhecidos, sem necessidade de escolha de relator ou realização de diligências pela CEMDP.
Brasil. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.Direito à verdade e à memória: Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos. 1ª Edição.Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2007.
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