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ACERVO - MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS

Ficha descritiva: ANDRÉ GRABOIS
 
ANDRÉ GRABOIS

Nome: ANDRÉ GRABOIS

Pai: Maurício Grabois

Mãe: Alzira Costa

Idade quando desaparecido: 27 anos

Dôssie
055/96
Procedimento administrativo CEMDP
00005.201792/2016-63
Nome
ANDRÉ GRABOIS
Data de Nascimento
03/07/1946
Municipio de Nascimento
Rio de Janeiro (RJ)
Codinome(s)
José Carlos, José Carlos Ferreira, José Vieira da Silva Junior, Zé Carlos, Zeca
Status
Desaparecido
Biografia

 

André Grabois, filho do histórico dirigente comunista Maurício Grabois, nasceu no Rio de Janeiro no mesmo ano em que seu pai assumiu a cadeira de deputado constituinte, após a derrocada do Estado Novo. Fez o curso primário na Escola Municipal Pedro Ernesto e o ginásio no Liceu Nilo Peçanha, em Niterói. Desde muito cedo, pelo convívio com militantes comunistas, André interessou-se pelas questões políticas e sociais. A partir de abril de 1964, devido às perseguições movidas contra seus pais Maurício Grabois e Alzira da Costa Reys, foi obrigado a abandonar seus estudos e, com apenas 17 anos, passou a viver na clandestinidade. Na juventude, tornou-se muito amigo de um jovem italiano cuja família residia no Rio de Janeiro, Libero Giancarlo Castiglia, que também se deslocou para o Araguaia e morreu no dia de Natal de 1973.

A vida de militante levou André a viajar ao exterior em 1967, para fazer cursos de capacitação política na China e na Albânia. Foi um dos primeiros a chegar à região do Araguaia, indo para a localidade de Faveira, no início de 1968. Antes chegou a residir em Rondonópolis, onde construiu um campo de futebol e organizou um time. No Araguaia, ficou conhecido como jovem brincalhão, muito apreciador das festas locais. Conheceu ali a militante do PC do B Criméia Almeida, com quem iniciou relacionamento amoroso que viria a gerar um filho, João Carlos, que nasceu na prisão e a quem não chegou a conhecer. André Grabois era o comandante do Destacamento A da guerrilha.

As condições de sua morte já moram relatadas acima, seguindo a narração do Relatório Arroyo, que aponta como data o dia 14 de outubro. O relatório da Aeronáutica afirma que André era, “militante do PCdoB e guerrilheiro no Araguaia”. E o relatório da Marinha registra: “NOV/74, relacionado entre os que estiveram ligados à tentativa de implantação de guerrilha rural, levada a efeito pelo comitê central do PCdoB, em Xambioá. Morto em 13/10/1973”.

No chamado “livro secreto do Exército”, consta na página 783 sobre as três mortes: ”Os subversivos haviam no primeiro combate de encontro com as forças legais sofrido quatro baixas e perdido três depósitos na área da Transamazônica. Haviam morrido no enfrentamento com as ‘forças da repressão’: Joivino Ferreira de Souza (Nunes) – na verdade, Divino –, André Grabois (José Carlos), João Gualberto Calatronio (Zebão) – pertencentes ao Dst A – e Antonio Alfredo Campos (elemento de apoio da área)”.

No livro Operação Araguaia, de Taís Morais e Eumano Silva, consta ainda a informação de que André, antes de morrer, teria participado do assalto a um posto da Polícia Militar de Brejo Grande, na Transamazônica, e que os dois companheiros que morreram com ele estavam vestidos com fardas da PM, subtraídas naquele ataque, que Elio Gaspari computa como o mais ousado ataque efetuado pelos guerrilheiros em todo o período.

No relatório apresentado por quatro procuradores do Ministério Público Federal em 2002, também está registrado: “José Carlos: ANDRÉ GRABOIS, morto em confronto na Fazenda do Geraldo Martins (Município de São Domingos do Araguaia), foi enterrado em uma cova rasa na região do Caçador, próximo à casa do pai de Antônio Félix da Silva”, repetindo-se a mesma informação, em seguida, para João Gualberto Calatroni e Antonio Alfredo Campos1.

 

Local de morte/desaparecimento

Data do Recolhimento da documentação física para o Arquivo Nacional
06/08/2009
Referências

 

Biografia

1 Brasil. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Direito à Memória e à Verdade: Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos - Brasília : Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2007. p. 218-9.

Descrição (resumo do procedimento administrativo)
 

Procedimento administrativo de busca, localização e identificação dos restos mortais

Processo: 00005.201792/2016-63
Os familiares poderão solicitar acesso aos detalhes do procedimento através do e-mail desaparecidospoliticos@sdh.gov.br ou pelo telefone (61) 2027 3484.

 


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