esqueceu sua senha?

ACERVO - MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS

Ficha descritiva: CELSO GILBERTO DE OLIVEIRA
 
CELSO GILBERTO DE OLIVEIRA

Nome: CELSO GILBERTO DE OLIVEIRA

Pai: João Adelino de Oliveira

Mãe: Julieta Pedroso de Oliveira

Idade quando desaparecido:

Dôssie
...
Procedimento administrativo CEMDP
014/96
Nome
CELSO GILBERTO DE OLIVEIRA
Data de Nascimento
26/06/1945
Municipio de Nascimento
Porto Alegre (RS)
Status
Desaparecido
Biografia

 

Desaparecido constante da lista anexa à Lei nº 9.140/95. Praticamente inexistem informações biográficas sobre sua trajetória política anterior à militância na VPR. Gaúcho de Porto Alegre, corretor de imóveis, Celso Gilberto de Oliveira foi preso no Rio de Janeiro, em 9 ou 10/12/1970, num momento em que as forças de repressão política estavam especialmente ativas. No dia 7, tinha sido sequestrado o embaixador da Suíça no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, e os órgãos de segurança buscavam com voracidade alguma pista que levasse ao cativeiro do diplomata.

De acordo com o Dossiê dos Mortos e Desaparecidos, Celso foi preso por agentes do CISA, o setor de inteligência da Aeronáutica, comandados pelo capitão Barroso, sendo transferido ao DOI-CODI/RJ. Segundo denúncias feitas mais tarde por outros presos políticos, Celso Gilberto foi torturado nessa unidade pelos tenentes Hulk, Teles e James, todos do Exército. O ex-preso político Sinfrônio Mesa Neto afirma em seu depoimento que foi acareado com Celso nos dias 24 e 25 de dezembro, para que ele fosse incriminado como militante da VPR e seqüestrador do embaixador suíço.

 

Segundo o Relatório do Ministério do Exército, apresentado ao ministro da Justiça Maurício Correa em 1993, Gilberto foi preso pelo CISA em 09/12/1970 e entregue ao DOI-CODI do I Exército no dia 11/12/1970. Foi interrogado em 29/12/1970, quando admitiu o seu envolvimento no seqüestro do embaixador da Suíça no Brasil. Na madrugada de 29/30 de dezembro de 1970, conduziu ardilosamente as equipes dos órgãos de segurança ao local que seria o cativeiro, mas, comprovada a farsa, empreendeu fuga conseguindo evadir-se, fato confirmado pelo relatório da Operação Petrópolis de responsabilidade do DOI-CODI/I Exército.

 

Já o Relatório do Ministério da Marinha registra: “teria sido preso em 10/12/70, por Oficial da Aeronáutica e levado para o Quartel da PE, na Guanabara no dia 18/12/70; a partir daquela data não se soube mais do seu paradeiro. Pertencia à VPR e participou do seqüestro do embaixador suíço”.

 

O Relatório do Ministério da Aeronáutica tem uma terceira versão: “Militante da VPR. Participou do seqüestro do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, em 07/12/70, do qual resultou o assassinato do agente da Polícia Federal, Hélio Carvalho de Araújo. Enquanto o referido diplomata permanecia em cativeiro, foi detido por uma equipe do então CISA e encaminhado ao DOI/I Ex, em 11 dez 70”.

 

Apesar das informações nos documentos oficiais, a morte de Celso nunca foi assumida pelos órgãos de segurança.

Local de morte/desaparecimento
Rio de Janeiro (RJ)
Organização política ou atividade
VPR
Data do Recolhimento da documentação física para o Arquivo Nacional
06/08/2009
Notação Arquivo Nacional
...
Descrição (resumo do procedimento administrativo)
Lei nº 9.140/95
Data da publicação no DOU
04/12/1995
voltar
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Setor Comercial Sul - B, Quadra 9, Lote C, Edificio Parque Cidade Corporate, Torre "A", 10º andar, Brasília, Distrito Federal, Brasil CEP: 70308-200c

Atualize o Flash Player