Nome: Walter Ribeiro Novaes
Pai: Arlindo Ribeiro Moraes
Mãe: Maria Rosalinda Ribeiro
Idade quando desaparecido:
Seu nome também integra a lista de desaparecidos políticos anexa à Lei no 9.140/95. Baiano de nascimento, conhecido na militância da VPR como “Careca”, trabalhava como salva-vidas do Serviço de Salvamento Marítimo do Rio de Janeiro, na praia de Copacabana. Era casado com Atamilca Ortiz Novaes, de origem indígena, com quem tinha dois filhos.
Foi preso no dia 13/06/1970, ainda quando trabalhava na praia, e solto dois meses depois, passando a viver na clandestinidade. A partir daí, constam informações de que ele teria assumido, na VPR, a tarefa de cuidar da infra-estrutura do comando da organização, tendo participado inclusive dos seqüestros dos embaixadores alemão e suíço.
A segunda prisão, que resultou em desaparecimento, ocorreu em 12/07/1971, às 18:30, no bairro da Penha, Rio de Janeiro, quando ia para um encontro de rua com o simpatizante da organização conhecido como Alípio, que também era salva-vidas e trabalhava na Barra da Tijuca. A família foi alertada da prisão e começou a procurá-lo em diferentes órgãos de segurança. Chegou a fazer contato com um policial que informou, em troca de dinheiro, que ele se encontraria no DOPS. Esse contato foi interrompido, no entanto, quando o policial alegou estar sendo ameaçado de morte.
Os ex-presos políticos Alex Polari de Alverga e Lúcia Maurício Alverga, também da VPR, em depoimentos prestados na época à Justiça Mi- litar, denunciaram que os agentes do DOI-CODI/RJ disseram que Walter estava morto após ter sido torturado naquele órgão de repressão. Sabe-se, também, que os agentes policiais leram para outros presos trechos de depoimentos que teriam sido feitos por Walter.
Inês Etienne Romeu, em seu relatório de prisão do período em que esteve seqüestrada no sítio clandestino em Petrópolis (RJ), afirma que ali esteve, em julho de 1971, um militante que pensa ser Walter Ribeiro Novais. O carcereiro “Márcio” lhe afirmou que o tinham matado. Agregou que, no período calculado por ela entre 8 e 14 de julho, houve uma ruidosa comemoração dos carcereiros em virtude de sua morte.
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