Nome: BENEDITO GONÇALVES
Pai: João Gonçalves
Mãe: Maria Júlia
Idade quando desaparecido:
Benedito Gonçalves morreu em conseqüência de traumatismo craniano provocado por um golpe de cassetete desferido por um policial militar, em 13/08/1979, quando realizava um piquete de greve em frente à Companhia Siderúrgica Paim (Divinópolis-MG). Seu nome consta do Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos. Era casado com Maria da Conceição Gonçalves e tinha três filhos.
De acordo com o noticiário da época, ele foi ferido às 19h do dia 13 de agosto e levado ao Hospital São João de Deus. No hospital, fizeram-lhe apenas curativos e lhe deram alta. Seu estado de saúde se agravou e, no dia seguinte, foi levado novamente ao hospital, onde foi atendido pelo médico José Calazânico Notini Diniz e, encaminhado para tratamento neurocirúrgico pelo Dr. Nelson Pereira. Segundo o diretor clínico do hospital, Alair Rodrigues de Araújo, após a operação Benedito ficou internado no Centro de Tratamento Intensivo, onde permaneceu até morrer, no dia 20/08/1979, data em que completava 48 anos. O legista José Maria Alves Aragão determinou como causa da morte fratura no crânio. Seu enterro foi acompanhado por cerca de mil trabalhadores metalúrgicos e populares, que seguiram o cortejo a pé ou de bicicleta.
Nilmário Miranda votou pelo deferimento, considerando que Benedito Gonçalves fora agredido e morto pela violência do Estado, quando o direito de greve era tratado como ato político subversivo e enquadrado como crime contra a segurança nacional, mas a maioria da CEMDP votou contra, indeferindo por 4x2
Com a ampliação da Lei em 2004, passando a incorporar os casos de morte em manifestações públicas, o requerimento voltou à pauta e o pedido foi deferido por unanimidade na CEMDP.
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