Nome: AVELMAR MOREIRA DE BARROS
Pai: Avelmar de Barros
Mãe: Vergilina Moreira de Barros
Idade quando desaparecido:
Chacreiro do ex-tenente Dario Viana dos Reis, membro da VAR-Palmares, também preso e torturado no mesmo período, Avelmar morreu no DOPS de Porto Alegre no dia 25 de março de 1970. Seu nome consta do Dossiê dos Mortos e Desaparecidos. A necropsia, realizada no IML/RS e firmada pelos legistas Gastão E. Schirmer e Nicolau Amaro Guedes, descreve ferimentos no rosto e punhos, além de corte na carótida. A versão oficial é de morte por “suicídio no xadrez do DOPS”, com uma lâmina de barbear.
O relator do processo na CEMDP fez constar que a participação política de Avelmar ficou comprovada tanto através da nota oficial da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, que informou sua morte, quanto da declaração à imprensa do diretor do DOPS/RS, delegado Firmino Peres Rodrigues.
Concluiu afirmando que o exame das peças do processo, especialmente notícias dos jornais, levavam-no a firmar a convicção pessoal de que a versão oficial era verdadeira e que a vítima, caseiro de um militante político, envolveu-se nas atividades deste. Portanto, se tratava de suicídio, na prisão, de um cidadão acusado de participação em atividades políticas. O pedido foi acolhido por unanimidade, mas Nilmário Miranda, Suzana Keniger Lisbôa e Luís Francisco Carvalho Filho fizeram constar formalmente sua desconfiança em relação à versão oficial das autoridades de segurança sobre a morte por suicídio.
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